Antes de qualquer correção de cicatriz, é importante avaliar se houve fatores que influenciaram negativamente a cicatrização anterior, como infecção, abertura de pontos, trauma na região operada ou tendência familiar a formar quelóides. O paciente deve evitar cigarro e seguir os exames indicados para garantir boa recuperação. Também é avaliado o tipo de pele e histórico alérgico, pois tudo isso interfere na resposta cicatricial.

A betaterapia é uma forma de radioterapia superficial usada para prevenir o reaparecimento de quelóides e cicatrizes hipertróficas. É aplicada logo após a cirurgia, em sessões diárias durante cerca de 7 a 10 dias, com doses leves e localizadas. O objetivo é inibir a proliferação exagerada de fibroblastos na cicatrização. É um tratamento rápido, seguro e eficaz quando bem indicado.

A anestesia depende do tamanho e da localização da cicatriz. Correções pequenas podem ser feitas com anestesia local, já cicatrizes maiores ou múltiplas exigem anestesia local com sedação. O procedimento é geralmente ambulatorial, com alta no mesmo dia.

Mesmo com boa técnica e cuidados, alguns pacientes podem ter tendência à recidiva, especialmente em áreas como tórax, ombros e orelhas. O acompanhamento com o cirurgião é essencial, e em alguns casos pode ser necessário associar infiltrações com corticoide ou outras terapias para controle da cicatriz.

O procedimento consiste em retirar a cicatriz anterior e fechar cuidadosamente a pele com nova sutura, respeitando as linhas de tensão locais para melhorar o resultado estético. Em casos mais complexos, pode ser necessário reposicionar a cicatriz ou usar retalhos cutâneos para redistribuir a tensão.

Após a correção da cicatriz, é fundamental seguir os cuidados indicados: curativos regulares, evitar exposição solar por no mínimo 3 meses, uso de protetor solar e placas ou gel de silicone sobre a cicatriz por várias semanas. Esses cuidados ajudam a evitar nova formação de cicatriz espessa e melhoram o resultado final.