


Reconstrução em Quadrantectomia
O que voce precisa saber ?

Preparação
Antes da reconstrução mamária, é essencial uma avaliação completa do diagnóstico do câncer, incluindo o tipo histológico, o tamanho e localização do tumor, e sua relação com o volume total da mama. Exames de imagem como mamografia, ressonância e ultrassonografia ajudam no planejamento cirúrgico. Também é importante suspender o cigarro semanas antes da cirurgia e realizar exames laboratoriais e cardiológicos, conforme indicação clínica.
Simetrização da Mama Oposta
Em alguns casos, a mama contralateral pode ser ajustada no mesmo ato cirúrgico da reconstrução para obter simetria. No entanto, se a paciente for submetida à radioterapia, podemos aguardar alguns meses após o término da radioterapia para realizar a simetrização, pois a mama operada pode sofrer modificações de volume e textura que afetam o resultado estético.
Anestesia
A reconstrução mamária associada à quadrantectomia geralmente é realizada com anestesia geral. O tipo de anestesia pode variar conforme a extensão da cirurgia e as condições clínicas da paciente. Em procedimentos menores, pode-se considerar sedação com anestesia local, mas o mais comum é a anestesia geral para garantir conforto e segurança.
Cicatriz
O padrão da cicatriz varia conforme o tamanho e localização do tumor, o tipo de incisão usada para a quadrantectomia e a técnica reconstrutiva escolhida. Em tumores pequenos, pode-se obter fechamento primário com cicatriz limitada. Em cirurgias maiores, utilizamos desenhos semelhantes aos de mamoplastia redutora, com cicatrizes em "L", "T" invertido ou periareolares, buscando sempre o melhor equilíbrio entre estética e segurança oncológica.
Técnicas de Reconstrução
A escolha da técnica depende do tamanho do tumor e do volume mamário. Em tumores pequenos em mamas grandes, podemos usar retalhos glandulares locais, redistribuindo o próprio tecido mamário. Retiradas maiores e com ptose pode-se fazer mastopexia. Já em tumores maiores ou em mamas pequenas, pode ser necessário utilizar técnicas mais complexas, como retalhos locais (ex: torácico lateral) ou retalhos à distância (como o grande dorsal), sempre respeitando os princípios oncológicos. A simetrização da mama contralateral pode ser feita no mesmo tempo ou em cirurgia secundária, especialmente se houver necessidade de radioterapia.
Cuidados
A recuperação envolve repouso moderado, uso de sutiã cirúrgico e controle rigoroso da cicatrização. Em muitos casos, a radioterapia é indicada e deve ser iniciada entre 30 e 45 dias após a cirurgia. Pequenos ajustes de simetria ou retoques estéticos podem ser indicados após a radioterapia, geralmente entre 6 a 12 meses depois, quando os tecidos já estão estabilizados.

A cirurgia conservadora da mama, representada pela quadrantectomia, tornou-se uma das abordagens mais comuns no tratamento do câncer de mama em estágios iniciais. Com o avanço dos programas de rastreamento e maior conscientização, muitas mulheres têm recebido o diagnóstico em fases precoces da doença, o que permite a preservação da mama ao invés da mastectomia. Atualmente, cerca de 60% das mulheres com câncer de mama nos EUA são tratadas com cirurgia conservadora, segundo dados da American Cancer Society e da ASBrS (American Society of Breast Surgeons). Esse cenário possibilita a reconstrução sem necessidade de próteses, utilizando técnicas locais como retalhos glandulares, ou mesmo a mamoplastia, que permite tratar o tumor e melhorar a forma da mama simultaneamente, oferecendo resultados estéticos satisfatórios e segurança oncológica.

Alexandre M. Munhoz,
M.D., PhD.

Dúvidas frequentes...


Casos Clínicos

Aqui você pode ver alguns casos clínicos ilustrativos de reconstrução da mama pós cirurgia conservadora (quadrantectomia). Esta seção serve apenas para ilustrar o antes e o depois de cada cirurgia. Lembre-se de que cada anatomia é única e os resultados podem variar de acordo com cada paciente.



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